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Cem anos de estrada e muita história para contar

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Caminhões representam os cem anos de estrada

Neste Dia do Caminhoneiro, celebramos a história de quem corta as estradas do país para ganhar a vida na boleia, além dos cem anos de estrada no Brasil.

O Brasil é um dos países com uma das maiores malhas rodoviárias do mundo. Ao todo, são cerca de 1,8 milhões de quilômetros, as estradas são as principais transportadoras de carga e de passageiros no tráfego brasileiro.

Dessa forma, estima-se que cerca de 60% das mercadorias sejam transportadas por via terrestre.

Cem anos de estrada em estrutura e investimento no Brasil

Os primeiros investimentos em infraestrutura para se deram em 1920, por iniciativa do governador de São Paulo, Washington Luís, sob o lema “Governar é abrir estradas”.

No final da década de 1950, o país começou a ser “invadido” por caminhões – e foi aí que surgiu o caminhoneiro, profissional que ganha a vida viajando pelas estradas, transportando mercadorias.

Desde então, o caminhão aparece não só nas estradas. Mas também, no imaginário popular como um sinônimo de inovação e mudanças positivas, progresso, aventura e pioneirismo.

Caminhão como figura fundamental para desenvolvimento do país

Tido como uma figura fundamental para o desenvolvimento do país e da sociedade como um todo, o caminhoneiro era muito respeitado e valorizado.

Isso porque era ele quem, além de “trazer o progresso”, transportava mercadorias, trazia encomendas, notícias, fazia favores e dava caronas – pois, naquela época, o transporte coletivo era raro e caro. Portanto, pouco acessível à população em geral.

Conectar as regiões do país com eficiência

Após o Regime Militar, houve uma explosão no crescimento da malha rodoviária brasileira. Diversas vias importantes foram construídas pelo Exército Brasileiro nesse período, com o intuito de conectar o país inteiro.

Após o Regime Militar, a construção de estradas arrefeceu. Desde então, o Brasil passou a ocupar uma das piores posições no ranking dos países com maior percentual de estradas pavimentadas.

Herói caminhoneiro durante os cem anos de estrada

Isso porque era ele quem, além de “trazer o progresso”, transportava mercadorias, trazia encomendas, notícias, fazia favores e dava caronas – pois, naquela época, o transporte coletivo era raro e caro. Portanto, pouco acessível à população em geral.

De acordo com os dados da Pesquisa CNT de Rodovias 2017, dos 1,8 milhões de quilômetros, somente 12% são pavimentados.

Depreciação sobre as condições das estradas

Ainda de acordo com a mesma pesquisa, cerca de 49,9% das rodovias federais e estaduais do Brasil estão em estado péssimo, ruim ou regular, e apresentam problemas de pavimentação, sinalização ou geometria da vida.

Essa questão, hoje, representa um dos maiores riscos para os caminhoneiros. A falta de boas condições em nossas rodovias aumenta o número de acidentes e roubos de cargas.

Alta frequência de roubos de cargas

No último ano, o levantamento anual da NTC&Logística (Associação Nacional do Transporte de Cargas e Logística), consolidado a partir do cruzamento de dados da Polícia Civil, da Polícia Militar e da Polícia Rodoviária Federal, em 2018, foram registrados mais de 22 mil roubos de cargas em rodovias brasileiras.

A ação de associações criminosas especializadas no roubo e na receptação de cargas provocou prejuízos ao setor de transporte de quase R$ 2 bilhões.

Mesmo assim, quem corta as estradas de norte a sul, de leste a oeste, é o caminhoneiro.

Indícios de melhora para o cenário preocupante

Contudo, o mesmo levantamento aponta que, embora os dados ainda sejam alarmantes, o setor já apresenta indícios de melhora desse cenário, que vinha aumentando ano após ano.

Em 2017, a NTC&Logística registrou mais de 25 mil ocorrências do tipo – 3 mil a mais que no ano passado. E, ainda assim, quem se arrisca é o caminhoneiro, para que o país não pare, para que os insumos sejam levados ao comércio, às indústrias e à mesa de todos os brasileiros.

Outro fator a ser levado em conta é a alta do preço dos combustíveis. Quase 30% do preço do diesel na bomba se devem a impostos, como o Cide, o ICMS e o PIS/Confins.

Importância da greve para requisição dos direitos dos caminhoneiros

Essas circunstâncias, bem a baixa de fretes, motivaram a Greve dos Caminhoneiros de 2018 – uma greve que paralisou, pela primeira vez, o país inteiro por mais de uma semana, e só se encerrou com acordos governamentais que prometiam melhores condições de trabalho para a categoria.

Mesmo assim, os profissionais do volante se recusaram a abandonar a profissão. Seguem firmes, trabalhando dia após dia.

Mas não são apenas desafios relacionados à insegurança que o caminhoneiro enfrenta em seu dia a dia.

Desafios dos caminhoneiros durante os cem anos de estrada

Afinal, que caminhoneiro nunca precisou lidar com o aperto em seu orçamento quando não encontrou frete? Ou então, quando o aperto foi no peito, de saudade da mulher, dos filhos, dos pais e dos amigos?

Desenvolver estratégias para passar mais tempo com a família é um dos maiores desafios de quem precisa fazer mais fretes para aumentar o conforto em casa – porque, no fim das contas, dinheiro não substitui presença.

E essa situação gera um outro sentimento bem comum dos carreteiros: a solidão. Além de estar longe de quem gosta, o caminhoneiro quase nunca está perto dos colegas de profissão e nem tem com quem conversar durante a jornada de trabalho.

Esforços dos caminhoneiros para superar os obstáculos

Ficar sozinho pode ser bem difícil, às vezes. Então, as músicas tornam-se grandes companheiras dos profissionais das estradas. Mas quem é que aguenta a saudade e a solidão? O caminhoneiro, com força e garra, superando obstáculos!

Apesar de todas essas dificuldades, o caminhoneiro não desiste, ele segue na estrada, atrás do caminhão, pelas estradas do Brasil afora, cumprindo sua missão de levar progresso e desenvolvimento aos quatro cantos do país.

Caminhoneiro, você é um herói! Conte sempre com a Buonny.

Amigo caminhoneiro, estamos com você! Parabéns pelo seu dia.